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O que é depressão

O que é depressão

O que é depressão

É perfeitamente normal sentir-se triste, infeliz ou chateado com situações estressantes do dia-a-dia. Pessoas com depressão sentem essas sensações com constância por meses ou por anos. Isso pode interferir nos relacionamentos, trabalho e atividades diárias.

A depressão é um transtorno de humor que gera tristeza profunda, perda de interesse generalizado, falta de ânimo, de apetite, ausência de prazer e oscilações de humor que podem culminas em pensamentos suicidas. Em alguns caso, a irritabilidade pode ser um forte sintoma presente.

Eis aqui algumas diferenças entre tristeza e depressão para dar maior clareza do que é a depressão.

A tristeza pode ser gerada por alguma situação cotidiana, em que a pessoa sofre, porem geralmente este sofrimento não dura mais do que quinze a vinte dias. Já a depressão se instala e se não for tratada pode piorar e passar pelos três estágios conhecidos como: depressão leve, moderada e grave.

Duração: enquanto a tristeza dura algumas horas ou até alguns dias, a depressão, quando não há o tratamento correto, pode durar meses ou anos. Uma pessoa pode ser considerada com depressão quando a tristeza dura mais de duas semanas.

Intensidade: a tristeza é um sentimento normal e não consegue afetar o empenho e produtividade das pessoas. Mesmo triste, é possível executar tarefas simples do dia a dia. Já no caso da depressão, o sentimento ruim não passa e afeta vários aspectos da vida: saúde, trabalho, relacionamentos, família e vida social. Vale ressaltar que, em casos mais sérios, pessoas com depressão podem até pensar em cometer suicídio.

Causas: a tristeza é geralmente motivada por algum evento específico. Já na depressão, alguns fatores podem aumentar o risco dela se desenvolver. Veja alguns dos gatilhos:

  • A deficiência na produção de neurotransmissores do cérebro (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina) e outros processos que ocorrem nas células nervosas;
  • Herança genética: um histórico familiar de depressão pode aumentar as hipóteses de desenvolver a doença. É de conhecimento científico que a depressão é complexa, o que significa que podem haver diversos genes que exercem pequenos efeitos para o surgimento da doença, ao invés de um único gene que contribui para o quadro clínico
  • Aspectos da personalidade (baixa autoestima ou pessimismo);
  • Medicações específicas: alguns elementos químicos, como o uso de corticoides podem aumentar o risco de desenvolver depressão;
  • Fatores ambientais (como exposição à pobreza, à violência ou à negligência)

Abuso: sofrer abuso físico, sexual ou emocional pode aumentar a vulnerabilidade psicológica, agravando as oportunidades de desenvolver a doença;

Conflitos: a depressão em alguém que já tem predisposição genética, pode ser resultado de conflitos pessoais ou disputas com membros da família e amigos

Morte ou perda: a tristeza ou luto proveniente da morte, ou perda de uma pessoa amada, por mais que natural, pode aumentar os riscos de desenvolver depressão;

  • Eventos grandiosos: ficar desempregado, divorciar-se ou se aposentar podem ser prejudiciais. Porém, até mesmo eventos positivos como começar um novo emprego, formar-se ou se casar podem ocasionar a depressão;
  • Genética: outros problemas pessoais: Problemas como o isolamento, causado por doenças mentais, ou por ser expulso da família e de grupos sociais, também podem contribuir para o surgimento da depressão
  • Doenças graves: às vezes, a depressão pode coexistir com uma grande doença, como, por exemplo, o câncer. Ou então, pode ser estimulada pelo surgimento de um problema de saúde;
  • Abuso de substâncias: cerca de 30% das pessoas com vícios em substâncias apresentam depressão clínica ou profunda.

Sendo assim, os fatores psicológicos e sociais não são causa e sim a consequência da depressão. No caso do estresse, ele pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência da depressão é considerada em 19%, ou seja, cerca de uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em um momento das suas vidas.

Sinais e sintomas da depressão:

  • Perder ou ganhar peso sem ter feito alterações na dieta;
  • Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;
  • Ter explosões de raiva, mesmo por motivos bobos;
  • Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
  • Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;
  • Ter sentimento de culpa ou de inutilidade;
  • Sentir dificuldade para tomar decisões;
  • Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
  • Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
  • A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;
  • Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo;
  • Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
  • Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido;
  • Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento da sonolência (dorme demais e mesmo assim fica com vontade de dormir a maior parte do tempo);
  • Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

Se você apresenta os sintomas de depressão e acredita que isso esteja atrapalhando duas atividades e modo de vida, busque ajuda. Se não tratada efetivamente, a depressão pode progredir para algo mais grave, como as tentativas de suicídio.

O diagnóstico é feito com base nos sintomas apresentados, em como a pessoa se apresenta fisicamente e emocionalmente no momento e em uma breve análise do seu histórico de vida e familiar.

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