Intensidade da depressão
De acordo com cada pessoa, os quadros depressivos podem se manifestar não só em sintomas diversos, como também com intensidades diferentes.
Vale ressaltar que o conjunto de sintomas é o que caracteriza o tipo da depressão (pós parto, sazonal, depressão maior, psicótica...). Mas hoje falaremos sobre as intensidades existentes da doença.
Conforme o DSM-5, manual de classificação dos transtornos mentais, os episódios depressivos podem ser classificados como leves, moderados ou grave.
Um paciente pode iniciar com depressão amena e evoluir rapidamente para uma depressão mais crítica. Quando não tratada, pode piorar e evoluir passando pelos três estágios.
Existem casos que a doença pode apresentar as características do estágio inicial continuamente, ou seja, a depressão leve.
No episódio mais ameno da doença, a depressão leve, os sintomas são menores e, portanto, são mais fáceis de serem tratados e manejados. Apesar de o quadro ser mais leve, há sofrimento e leve prejuízo no funcionamento social ou profissional.
No episódio depressivo grave ou profundo, o conjunto de sintomas são maiores, apresentam-se em sua intensidade máxima e afetam inteiramente a vida da pessoa. Essa é a fase mais severa e grave da doença.
Ela é marcada por grave sofrimento, os sintomas não são manejáveis como na depressão leve, interferindo substancialmente no funcionamento social e profissional. Ou seja, o paciente não consegue se relacionar, trabalhar, cuidar da casa, de si ou de quaisquer coisas que façam parte da vida cotidiana. Torna-se quase impossível enfrentar a rotina diária.
É comum que pessoas com depressão grave se sintam incomodadas com o início ou a continuidade do tratamento. Isso ocorre, por que ela pode pensar que nada que ela fizer irá adiantar. E neste caso, realmente o tratamento psicológico com psicólogo e medicamentoso com um médico psiquiatra é primordial para a sua recuperação.
Alguns casos, para facilitar o tratamento e para que a pessoa receba os cuidados necessários, é necessária a hospitalização do paciente. Algumas pessoas com depressão grave podem apresentar sintomas psicóticos, como alucinações.
Não é incomum que, pelo desespero dos sintomas sentidos, algumas pessoas busquem por tratamentos rápidos e curas milagrosas. Mas, o tratamento adequado para tratar a depressão é a psicoterapia e com médico psiquiatra.
Os resultados aparecem com o decorrer do tempo, não há cura milagrosa e repentina. É preciso não ter pressa e entender que esse é um processo que acontece devagar através da dedicação e aderência ao mesmo.
O episódio depressivo moderado apresenta características intermediárias entre os episódios leve e grave. Ela causa impacto significativo em dia-a-dia da pessoa.
As intensidades dos quadros depressivos apresentados (leve, moderada e grave) definem o tipo de tratamento que deverá ser utilizado.
Por exemplo, a depressão leve pode ser controlada e tratada somente com psicoterapia, o passo que as variantes moderada e grave também exigem o uso de medicamentos.
Independentemente do nível da depressão é preciso ter uma rotina antidepressiva! Essa rotina deve levar em conta a inclusão de atividades que ajudem a pessoa sair do ciclo da depressão: exercícios físicos, terapia, tomar sol regularmente, resgatar desejos antigos, realizar atividades simples (passear com cachorro, ir em algum lugar bonito, visitar alguém querido...), etc.
Vencer a depressão envolve manter-se ativo na sua vida! Cumpra tarefas pequenas, como por exemplo, agendar o médico e o psicólogo. Caminhe ao redor de casa. Faça o simples inicialmente.
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