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Efeitos da depressão no corpo

Efeitos da depressão no corpo

Efeitos da depressão no corpo

A depressão não se instala repentinamente na vida de uma pessoa. Geralmente, ocorre alguma situação gatilho que pode desencadeá-la e ativar a predisposição genética.

Os gatilhos externos podem ser situações de: desemprego, perdas, conflitos contínuos, separações, notícia inesperada, pandemia e isolamento, mudança brusca na rotina, nascimento de filho, aborto, catástrofe, doenças, etc.  A depressão também pode surgir pelo acúmulo de estresse contínuo ou frustrações por objetivos não alcançados.

Inicialmente, ela gera mudança no comportamento social e a pessoa negligencia a realização de tarefas que antes eram prazerosas e importantes. Isso desencadeia a queda da autoestima e da motivação.

O desânimo e a descrença fazem com que a pessoa perca o ânimo para as pequenas coisas da vida. A pessoa deixa de perceber e sentir os prazeres e vai se fechando e se isolando, passando a ter problemas para manter um horário normal de trabalho ou de cumprir obrigações sociais. Isso pode ser devido a sintomas como incapacidade de concentração, problemas de memória e dificuldade em tomar decisões.

Embora, seja considerada uma doença mental por afetar os pensamentos, crenças, emoções e o comportamento, ela também desempenha um papel importante em nosso organismo.

Com o passar do tempo e, caso haja ausência de tratamento, ela pode causar sintomas adicionais no corpo. E esse é um dos porquês que não se deve postergar a busca de ajuda por um profissional de saúde mental. Para isso é preciso estar atento a si próprio, principalmente aos sinais de mudanças emocionais e comportamentais, já que estes são os mais evidentes e possíveis de identificar desde o início.

Além da depressão afetar o sistema nervoso central, ela pode gerar dores de cabeça, dores corporais crônicas, como, por exemplo, a fibromialgia, sendo uma doença reumatológica.

Algumas pessoas deprimidas podem desenvolver alcoolismo e outras dependências químicas, aumentando os casos de comportamento imprudente ou abusivo.

Ela também desempenha um papel importante no apetite e na nutrição. Algumas pessoas lidam com excesso ou até mesmo com a compulsão alimentar, levando ao ganho de peso e, por consequência, doenças relacionadas à obesidade, como o diabete. Mas, dependendo da pessoa, o inverso também pode ocorrer, como a perda do apetite ou a redução dela.

Ainda relacionado à alimentação, a depressão também pode afetar a escolha da qualidade dos alimentos ingeridos e com isso pode gerar mudanças no funcionamento gastrointestinal como: dores no estômago e cólicas, prisão de ventre e desnutrição.

Os nutrientes ocupam um dos pilares mais importantes para auxiliar quem sofre com a depressão, pois é no intestino que são fabricados parte dos neurotransmissores. Uma alimentação pobre em nutrientes ou com muito alimentos processados e de má qualidade acarreta uma produção deficitária dos neurotransmissores.

Os distúrbios neurológicos do sono são comuns em quadros depressivos. O paciente pode dormir em demasia, gerando a função de fuga da realidade através do sono, ou pode estar no outro extremo oposto, não conseguindo dormir, pois não consegue se desligar dos problemas. Nos dois casos há a má qualidade do sono, gerando diariamente cansaço e isso explica a piora do rendimento e da produtividade.

Outro ponto que pode ser afetado é o enrijecimento dos músculos como decorrência de um processo constante de estado de alerta. Geralmente, refletido em tensões na nuca e ombros. A ansiedade e nervosismo para resolver as questões emocionais estão frequentemente relacionadas a esses sintomas.

Esses são apenas alguns dos sintomas físicos mais comuns entre pessoas que sofrem de depressão. 

A maneira mais eficaz de evitar que o quadro de depressão piore e que doenças subjacentes de instalem, é buscar ajuda e seguir o tratamento com um profissional de saúde mental.

Criar uma rotina antidepressiva ajuda e é essencial para prevenir e combater a depressão. Essa rotina inclui a prática de exercícios físicos, escolha de alimentos mais saudáveis, tomar sol e fazer psicoterapia. Todos esses elementos fazem diferença para lidar melhor com as adversidades da vida. 

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